quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sopro de Vida

Quem sabe o que o planeta nos reserva? E dificil saber o que esta por vir quando tratamos tal  mal, pra nao dizer destruímos, algo que deveriamos dar nossas vidas para preservar.  
O  fato é, o mundo está em vias de fato de pedir "água", e talvez nem haja mais tempo para fazer nada. Apesar de tanta comoção a respeito de responsabilidade ambiental, o que eu vejo é, nada mais que marketing barato. Aliás, barato não porque custará a  vida do mundo.
Muito embora eu acredite que o mundo já esteja condenado, recentemente pude presenciar algo que colocou um pouco de esperança nesse coração incrédulo, e quem conhece São Paulo há de concordar comigo. Nessa cidade tradicionalmente cinza, impetuosa e sentimentalmente pobre, onde tudo está corrompido ou deturpado, onde as águas dos rios (na sua maioria canalizados) há muito trocaram seu alegre canto por lamentos profundos. Certo dia quando me dirigia ao trabalho, notei que uma ave branca, de razoável envergadura, acompanhava o onibus em que eu estava. A princípio julguei se tratar de um pombo e  não dei a devida atenção, foi quando a vi mergulhar num lugar inusitado para um pombo e por isso resolvi dar uma olhada.
Para minha sorte e bel prazer o onibus parou e pude ver a garça repousando nas águas, nem tão sujas assim, de um pequeno córrego que a avenida sufocou, mas ainda tem algum trecho que pode ser visto, teimoso, lutando contra todo aquele tom cinza morte. Aquela ave,  pra mim, foi prova suficiente de que o planeta ainda respira, com ajuda de aparelhos, mas se aquele sopro de vida despertou até mesmo em mim alguma esperança, talvez ainda haja algo pelo que valha a pena lutar.

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