segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Diário

Sempre achei curioso e ligeiramente perigoso esse artigo, na sua maioria, feminino. Certa vez até me arrisquei a escrever um, não preciso dizer que fui infeliz não é?! O curioso sobre diários é que, na verdade ele nunca guarda algo como um segredo mortal ou a solução de um mistério para a polícia, mas para quem o escreve, é mais valioso que uma pilha de ouro, e para os irmãos mais velhos vale duas pilhas. Lembro a primeira vez que escrevi no meu diário, tinha 09 anos e estava trancado no carro com avó, esperando a meia-irmã do meu pai na escola, ele tinha uma Brasília e no rádio tocava uma moda de viola que ele rudemente entoava em dueto com o aparelho, eu no alge da minha infância odiava tudo aquilo e posso garantir que teria pulado fora do carro se este tivesse 4 portas. Como não o tinha, resisti bravamente àquela tortura psicológica e resolvi escrever no meu diário, pobre coitado.
Outra coisa que me incomoda nos diários é o valor que eles tem para os outros, principalmente em se tratando de irmãos mais velhos, por sorte eu só tive irmãs, mas meus amigos fizeram as vezes de me amolarem por causa do citado. E olha que como homem, ou menino na época, eu nem colocava nada de extraordinário nele, só os acontecimentos do dia e mesmo assim, todos os dias alguém queria ler, e sempre que alguém o lia eu tinha problemas. O legal dos diários é mesmo pegar o de alguém, minhas irmãs viravam verdadeiras feras quando eu as ameaçava com algum artigo interessante que lera nas suas páginas. Sempre relacionado a algum carinha da escola ou da rua e eu me divertia. Digo que podem ser perigosos, porque tentar ler o diário de uma menina pode levar à uma morte lenta e dolorosa se for pego com a boca na butija, se der sorte isso não acontecerá, mas se acontecer que Deus lhe proteja. Certa vez uma das minhas irmãs me pegou abrindo o diário e não preciso nem contar que tomei uma vassourada, porque na verdade até hoje não sei ao certo se era mesmo uma vassoura. Na verdade nunca vi muita utilidade em diários (além de irritar os outros) e com a internet e os computadores eles definitivamente serão aposentados. Prefiro assim, meu blog está virando uma espécie de diário, mas aqui a intenção é ser lido e quando não quiser que aconteça, posso colocar uma senha ou algo do tipo, os irmãos mais velhos dos novos tempos terão que arrumar novos passatempos para chatear os menores não é?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primeiro dia de aula

Quem nunca aprontou na escola? Eu sempre fui um garoto calmo, mas sempre fui um garoto e no período escolar fazemos coisas que até Deus duvida, e eu não era diferente. Aconteceu há uns 12 anos atrás, eu acabara de ingressar na quinta série do ensino fundamental e foi o primeiro ano meu e de um dos meus melhores amigos na escola e alguem teve a (in)feliz idéia de pedir para a diretora nos colocar na mesma sala. Nos conhecemos desde os três anos de idade, somos praticamente irmãos tudo que havíamos feito de bom e de ruim tinha sido juntos, e ainda assim alguém se superou ao colocar-nos na mesma sala.
O curioso é que a diretora acatou tal pedido, será que ela não imaginou o que estaria por vir, ou por ver nossas carinhas de anjos (na época) achou que éramos inofencivos? De qualquer modo, fomos matriculados na mesma turma. Quisera eu que meus sonhos de ter um ano tranquilo na escola nova fossem bem sucedidos, e já naquela época eu odiava estar errado. Era para ser um ano de descobertas, começavam a crescer pelos pubianos, eu começara a olhar para as garotas de outra maneira e logo no primeiro, sim no PRIMEIRO dia de aula, eu me dou mal. Na verdade isso me rendeu algumas admiradoras num futuro não muito distante, mas acabou com minhas chances com a garota que eu cobiçava. Vou explicar como eu planejei aquele ano.
No primeiro dia de aula, eu olharia as garotas e decidiria qual eu passaria o ano tentando conquistar, listaria três no caso de haver algum contratempo, como um pai policial ou a escolhida mudar de escola. Decidido isso, passaria a pensar na estratégia de conquista, infelizmente não pude avançar nos meus planos, e vocês saberão o motivo. Naquele fatídico dia, assistimos às três primeiras aulas normalmente e após fomos para o intervalo, naquele tempo ainda chamávamos de recreio. Eu estava faminto e fui até a cozinha ver o menu do dia. Para minha surpresa e felicidade, serviam pão com carne louca e eu amo, comi uns três. Acabado o recreio subimos para a sala de aula e como eu não tinha planos de comer na escola, percebi que esquecera a escova de dentes, tive uma luta épica com um fio de carne encrustado entre os incisivos superiores, vulgarmente conhecido como "atacantes", foi uma luta árdua que persistiu até adentrar a classe e sentar-me.
Nessa hora eu fui traído e de minha boca jorrou um jato enorme de saliva que prendeu no cabelo da garota à minha frente, que na verdade parecia impermeável, as pequenas gotas ficaram muito salientes naquele cabelo ruim e meu amigo, que sentara ao meu lado, como bom amigo riu muito daquela situação e eu também não consegui me segurar, parecíamos dois idiotas rindo descontroladamente e a professora logo nos interpelou - Posso saber qual é a graça? - Para o nosso azar ela acabara de se apresentar à turma quando começamos a rir, o que levantou suspeitas de que ela seria o motivo de nosso riso. Eu tentei me explicar mas só consegui dizer o seguinte - Nada não prof... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - e o meu vizinho de mesa, como bom amigo que é até hoje me acompanhou.
A professora perdeu a cabeça conosco no mesmo instante e ordenou que nos retirássemos da sala de aula, postou-nos um de cada lado da porta, cada um virado para um lado, ainda rindo feito idiotas. Passado algum tempo, ela pode perceber que haviamos nos acalmado e foi permitir a nossa entrada - E ai? Já pararam com a palhaçada? - No momento que nos viramos e deparamos de fronte um ao outro, foi inevitável - HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - e nossa professora mandou termos com a diretora, que era carinhosamente apelidada de nove e meio, devido à falta de metade de um dos dedos da mão.
Incrivelmente nem na frente da diretora nós parávamos de rir, era só olhar para a cara um do outro e estourar em riso, a distinta senhora muito perspicaz, percebeu isso e tirou meu amigo da sala, aos poucos, mas muito rapidamente me acalmei e até senti um pouco de medo. Então comecei meu relato da história, que acabara passados poucos minutos, então a diretora chamou meu amigo e me tirou da sala, conversou com ele por uns quinze minutos que pareceram horas para mim.
Ela chamou a mim de volta para dentro da sala dela e proferiu a sentença, ambos suspensos por dois dias. Ninguém merece começar um ano letivo desse jeito. Depois eu conto como foi o resto do ano...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Saudades

E existe um sentimento pior que a saudade? Se existir digam-me qual é. Eu classifico a saudade de 2 maneiras: a passageira e a permanente, embora ambas sejam muito duras, acredito que a passageira dói menos. Afinal, como minha classificação sugere, ela passa, provavelmente quando a pessoa sentida retorna, já a permanente sabemos que não voltaremos a ver determinado ente, amigo, paixonite, amor, etc.
É intrigante o que podemos fazer ou pensar quando sentimos a falta de alguém que amamos e posso dizer com segurança, pois experimentei e experimento essas saudades de uma maneira corriqueira e recentemente uma saudade misturou-se com a outra e complicou um pouco minha vida. Quando sai da casa dos meus pais por exemplo, sentia uma imensa saudade deles, mas de certa forma sabia que podia ve-los sempre que a agonia ou necessidade me afligisse, porém isso acabou e parte dessa saudade gostosa que é a passageira, tornou-se a mais terrível agonia, foi quando meu pai faleceu há cerca de um ano. Desde então aquele aperto leve no peito transformou-se num buraco sem fim e dói, tira tudo que existe de você e só deixa a dor.
Minha esposa viaja algumas vezes a trabalho e nesse momento surge a saudade passageira, fico muito feliz quando ela retorna e podemos conviver novamente, sei que estará lá quando eu precisar, que não faltará e posso abraçar, beijar, etc. sempre que tiver vontade e oportunidade, na verdade vejo a saudade passageira mais como um teste, dos sentimentos, da fidelidade, da amizade. Claro que não sentimos a falta apenas de nossos familiares e esposas/maridos, amigos muitas vezes se fazem mais necessários que ambos. Tem coisas que só os amigos resolvem, e algumas vezes não estão por perto para nos ajudar, nem que seja com uma palavra. Espero não precisar sentir saudades permanentes de mais ninguém tão cedo, meus amigos, esposa, familiares, espero que saibam que os carrego dentro de mim, dizem que enquanto temos uma boa lembrança a pessoa está sempre próximo a nós, espero que seja verdade, talvez assim possamos amenizar a maior das angústias que eu já vivi.

sábado, 11 de setembro de 2010

Quem é o dono do celular?

Existem coisas que só a tecnologia nos proporciona, e entre essas maravilhosas coisas está mais um mico a ser pago por nós. Não quero que pensem que sou contra os avanços da tecnologia, muito pelo contrário eu a amo. Adoro videogame, computador internet e muitas outras coisas mais, o meu problema em particular é com esse aparelhinho indiscreto, o celular. Além de nos encontrar até quando não queremos ser encontrados, geralmente ele não funciona quando precisamos, talvez seja Murphy mostrando a cara, eu sei, mas tem vezes que chego a acreditar que os celulares tem um dispositivo detector de necessidades extremas que quando acionado desliga o dito. Ou então após deitar e esquece-lo acidentalmente na sala, alguém resolve ligar, e temos que sair da cama e correr, do contrário acorda todos na casa, ou quando estamos no banheiro, sozinhos em casa e ele toca, pelo menos tem o identificador de chamadas e podemos retornar.
Outra coisa que altera meu estado de humor com relação à essa máquina infernal, é a caixa de mensagem, não me importo dela existir e sei que existem pessoas que as ouvem, mas na minha mensagem pessoal sou bem enfático e peço "Por favor não deixe recados, não costumo ouvi-los, obrigado." Mas parece que são surdos e sempre tem algum engraçadinho que deixa nem que seja o barulho do lugar onde estava quando ligou, daí o celular fica apitando e vibrando e tocando até eu ouvir o raio da mensagem, ou a operadora cansar de esperar e deletar automaticamente.
Agora o que realmente me enfurece e me trouxe aqui é, afinal de contas por que os donos não atendem aos próprios aparelhos? Aconteceu que, tentei ligar para um amigo (tudo bem que era sábado as 09:00 da manhã e imaginei que ele estivesse dormindo), quando atenderam a ligação fui carinhoso como sempre fomos uns cons os outros desde os tempos de escola e disse - E ai sua cachorra! - no que fui respondido - Oi, com quem você gostaria de falar? e eu - Não é o Leandro? e o interlocutor - Não, é o PAI dele - minha cara foi ao chão, pensei em cavar até a China e sumir, ou me enfiar no próprio bolso. Não tinha o que fazer, apenas rezar para o pai dele levar na brincadeira, o que graças a Deus aconteceu e ele me disse - Olha, a cachorra tá dormindo, mas assim que acordar eu dou o recado. - só fiquei realmente aliviado depois de ouvir uma sonora risada do pai dele, neste momento soube que não estava encrencado. Passei um grande apuro neste dia, gostaria de saber por que não desligar o celular ou colocá-lo no silencioso, poderíamos poupar amigos queridos de situações vexatórias como essas. ATENDE O CELULAR.....

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sonhos

Quem não gosta de sonhar? Eu adoro. Sonhar é gostoso tira-nos da porcaria de mundo onde vivemos e nos transporta para um lugar mais agradável, ou deveria ser. Mas o que acontece quando repetimos o mesmo sonho? Quem nunca repetiu um sonho? É muita falta de criatividade repetir um sonho poxa, a vida por si só já é uma grande repetição, repetir até o sonho não dá né. E quando o sonho é tão intenso que acordamos até cansados, suados e ofegantes, simplesmente demais. Outra coisa que exalta minha curiosidade são os sonhos seguidos, numa noite sonhamos com várias coisas e na hora de contar para alguém nem conseguimos porque foram tantos e acabamos misturando um com o outro. Pesadelos me deixam revoltado então eles não entrarão nesse texto. Sou realmente apaixonado por sonhos e para falar a verdade, adoro quando tenho um segundo episódio de algum sonho, e isso me trouxe aqui para escrever um pouco.
Há alguns dias venho tento o mesmo tipo de sonho, mas é um sonho que definitivamente eu detestaria que acontecesse, primeiro porque nele eu sou um policial (algo que realmente detestaria) e acho que na verdade nem há um segundo motivo, ser policial já ruim o bastante para mim (disse para MIM, acho muito legal da parte dos homens da lei, que fazem seu trabalho direito, arriscarem a própria bunda por estranhos). Tenho acordado todo suado com os lencóis molhados e cheirando mal, nos primeiros dias achei que tivessem algo a ver com a gripe, mas essa por sua vez foi embora e continuei acordando suado, conclui então que só poderia ser o sonho. Engraçado que nunca tive continuação de sonhos eróticos. Não gosto de reclamar, mas podia sonhar com algo mais agradável do que tiroteios e fugas alucinadas por tubos de ventilação, atualmente estou tão gordo que, acredito nem caber dentro de um duto de ar.
Não tenho a vida tão agitada assim e gosto muito de sossego, qual o motivo disso então? Não duvído que tenha perdido peso, afinal nos últimos 6 dias tive que lavar todos os meus jogos de cama, pra minha sorte estava fazendo um calorão e secavam sempre no mesmo dia. Bom se eu sobreviver ao próximo tiroteio escrevo mais, mas daí é uma outra história não é.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sala de Espera

Salas de espera são sempre um mistério. A cada visita ou a cada espera, descobrimos algo novo no local, eu frequentei por muitas vezes a mesma sala de espera de um dentista e isso acontecia com certa frequência, não sei se por desatenção minha ou por que eram sempre colocados novos itens no local. Isso não acontece muito em instituições públicas, mas não por isso estas perdem seu interesse. É interessante reparar nas pessoas, é quase como o ônibus que citei em outra oportunidade, a curiosidade impera, e eu como bom curioso presto atenção em tudo e percebo que não importa onde ou para quem, uma sala de espera é a mesma chatice em qualquer lugar.
No médico particular pode até ser pouco menos insuportável, tem algumas revistas, jornais, etc. Porém no atendimento público os frequentadores costumeiramente são mais sociáveis, conversam, puxam assunto falam da sua vida e fazem amigos, tem um certo calor humano que em alguns casos beira a chatice. É intrigante pensar que estamos todos ali por termos algo em comum e que de certa forma temos coisas para conversar e o lado oposto parece não perceber que a vida da filha da vizinha da tia-avó dele não interessa para ninguém. Passei com minha irmã no AMA (Atendimento Médico Ambulatorial, na minha humilde opnião é um antigo Posto de Sáude dividido em dois) e verifiquei que isso é super verdadeiro, mas que a falta de tato é mais verdadeira ainda, estávamos na sala de medicação, minha irmã com o tubo de Buscopan na veia e  a senhora ao lado não parava de falar que a filha dela estava na Europa e logo ela iria encontra-la, quase falei pra ela - Minha senhora, me desculpe mas isso não me interessa - felizmente minha mãe educara me muito bem.
Já comentei que sou curioso e prestando atenção nas conversas, percebi que geralmente o assunto é o mesmo e conclui que, na verdade as pessoas não suportam esperar e tentam suavizar a extensa demora,  no fundo eu concordo com eles, esperar é, no mínino, irritante e diminuir o ócio numa hora de angústia é muito bom, até porque nos desliga um pouco do real motivo de estarmos ali. Infelizmente ou felizmente para os que gostam de um pouco de silêncio para colocar as idéias em ordem, isso ocorre muito pouco em clínicas particulares, até mesmo tendo em vista que o tempo de atendimento é reduzido e consequentemente o de espera também, mas falta algo nisso tudo, falta o calor, falta a compreensão (até mesmo de minha parte), falta educação e nessas horas, sobra politicagem e propagandas falsas de promessas de governo, mas como gosto de dizer, isso é assunto para uma outra hora.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hino do Timão (Comentado por mim)

Escrever sobre o Corinthians no dia do seu 100º aniversário é complicado, vou então apenas explicar como eu vejo o nosso sagrado Hino.


"Salve o Corinthians, (não é salvem e sim saúdem, aplaudam, reverenciem)


O campeão dos campeões, (aquilo que todos os outros gostariam de ser)

Eternamente (para nós que nunca iremos te abandonar)

Dentro dos nossos corações. (viverás pra sempre aqui)



Salve o Corinthians (O maior de todos)

De tradição e glórias mil; (incomparável, grande demais para entenderem)

Tu és o orgulho (na vitória ou na derrota, sempre ao seu lado Timão)

Dos esportistas do Brasil. (onde figuras entre os maiores)



Teu passado é uma bandeira, (para nós um legado)

Teu presente, uma lição (para essa nação, uma paixão)

Figuras entre os primeiros (é com certeza o maior de todos)

Do nosso esporte bretão. (não existiria fubetol sem ti Corinthians)



Corinthians grande, (imenso)

Sempre Altaneiro (sem perder a humildade)

És do Brasil (o país do futebol)

O clube mais brasileiro. (o melhor de todos)"