terça-feira, 31 de agosto de 2010

Injustiça

Quem nunca foi injustiçado? Pois é, o curioso é que sempre que somos injustiçados ninguém nos defende. Quando fizemos algo digno de nos ferrar, sempre tem algum santo para nos proteger. Não vou falar sobre todas as inustiças da vida, só aquelas mais sacanas, como quando você é criança e seu irmão mais velho quebra um quadro e coloca a culpa em você, e sua mãe ou pai lhe tira os desenhos por alguns dias. Na verdade quero discorrer sobre algo que me aconteceu muitos anos atrás.
Passava por aqueles anos irresponsáveis entre a infância e a idade adulta, também conhecido como adolescência, e como todo bom aborecente tinha meus amigos, que confesso não eram as melhores influências possíveis, como sempre fui muito centrado não ligava. Certo dia aconteceu algo intrigante, estávamos todos jogando futebol na rua, um calor de fazer o Sahara parecer o Pólo Norte e depois que paramos, minha mãe me pediu que fosse até a sorveteria buscar um pote na tentativa de tornar o dia mais suportável, peguei minha bike e fui.
Chegando lá, como era de se esperar a sorveteria estava lotada, esperei pacientemente e aproveitei para chupar um picolé, peguei o pote de 2 litros e tomei o caminho de casa. Acontece que durante o percurso, encontrei com meus amigos correndo na avenida em direção à nossa rua e fui junto com eles. Foi a pior escolha da minha vida, e se existe algo para me arrpender, com certeza é isso. Chegando na rua de casa tinha um jovem, cujo apelido era Dunguinha, havia pego um atalho por umas vielas e chego primeiro ao refúgio e espera os meninos (e eu que idiotamente estava junto) para comunicar que o pássaro que eles haviam roubado, era de um senhor doente. Eu sabia que eles eram um pouco desorientados, mas não sabia que eles roubavam, desse momento em diante deixei de falar com eles.
O problema é que eles moravam na rua há pouco tempo e seu sempre morara lá, então TODOS me conheciam e ao anoitecer vieram umas mulheres que eu nunca havia visto mais gordas e armaram o maior barraco no portão da minha casa, e tudo isso porque EU tinha roubado o pássaro. Quando eu tentei me defender falando que eu não estava junto, elas retorquiram: "Mas o Dunguinha falou que te viu com eles." O que eu podia esperar de um cidadão com tal apelido? Nada mais que isso mesmo. Indiquei a casa dos verdadeiros meliantes e voltei para minha cama, tinha aula no dia seguinte e era dia de prova. Já citei em outros textos que odeio estar errado, e mais uma vez o estava quando pensei ter me livrado dessa.
Estava eu, já deitado em minha cama, estrategicamente colocada na parte de cima do beliche, quando minha mãe entrou batendo em tudo o que via pela frente. Eu disse que a minha cama era estrategicamente a de cima pois, minha mãe é baixinha então consegui me livrar de a maioria dos golpes.
Pude tirar uma lição de tudo isso: Se seus amigos estão correndo, não junte-se a eles. Minha mãe hoje em dia diz, que embora ela não soubesse o porque de me bater, eu sabia porque estava apanhando. Tudo bem, eu já me safara ileso de várias.

sábado, 28 de agosto de 2010

PAI

Afinal de contas, o que é ser pai? Eu não posso responder a essa pergunta pois não o sou, mas penso em algo como um pai ideal. Pai é aquele cara que te ensina a empinar pipa, te mostra um drible de futebol, te incentiva, te coloca de castigo e até te dá umas palmadas quando você merece. Certo que muitas vezes não merece, mas apanha pelas que mereceu e não apanhou daí fica tudo certo. Claro que ser pai é muito mais, mas por tudo que pense, pai é aquele cara que vai estar sempre ali, te esperando de madrugada quando você for pra balada, pra te defender da mãe quando achar suas traquinagens engraças e indignas de palmadas.



Claro que um dia ele acaba partindo e se tiver sorte, parte antes de ver um filho indo, isso desfaz a ordem natural das coisas, não deve existir pior dor para um pai do que essa. Mas para nós filhos também não é nada fácil, perdi meu pai recentemente e sinto muito a sua falta, mas sei que aonde quer que esteja, está torcendo por mim e me defendendo de alguma maneira, ele sempre fez isso em vida, mas como todo filho eu só fui perceber isso depois que não podia dizer o quanto sou grato a ele por tudo, até pelas palmadas, chinelas, etc. indevidas. Ser pai é algo que muitos dos homens não estão preparados, é passar a viver em função de uma outra pessoa, é dedicar a sua vida por ela, derrubar o que for preciso para faze-la, não digo feliz mas sim humana, uma pessoa decente, alguem melhor para o mundo.


A palavra PAI pode ser desmembrada Portador de Amor Incondicional, não se pode trazer a tona todo esse amor, mas sabe-se que ele está lá, e que não permitirá que nada aconteça a sua cria. Sempre tive minhas diferenças com meu pai, mas nunca deixei de ama-lo e sei que ele sempre me amou, à maneira dele, que era bem peculiar, mas me amou até o último de seus dias, que se encerraram muito cedo é verdade. Na verdade queria dizer aos filhos que acima de tudo, tentem entender seus pais e os motivos deles. Um pai de verdade não quer ver seu filho mau, não quer que seu rebento se perca nos caminhos da vida e, principalmente, não quer ter de enterra-lo. Perder um pai é barra, mas perder um filho é pior ainda, e não me refiro apenas à morte, ver um filho roubando para se drogar deve tirar um pouco da vida do pai mais do que a própria morte, ou ter que ir à cadeia vê-lo, é dureza. Galera, vamos dar mais valor àqueles que deram, dão e darão a vida por nós.






Pai, esteja com Deus e obrigado por tudo, te amo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mulheres

Freud morreu com 83 anos e uma dúvida, do que as mulheres gostam? É engraçado pensar nisso, estava conversando com uma amiga quando resolvi escrever este texto e falávamos sobre um relacionamento anterior dela. Eu definitivamente não sei o que a mais perfeita criação de Deus pensa, mas juro que até tento ser, ao menos, compreensivo. O problema começa quando um casal se conhece, as mulheres nunca gostam de um homem logo de cara, pelo menos eu nunca dei essa sorte (ou azar).


O problema com as mulheres e com os relacionamentos em geral é que, quando começa elas tem em mente que nós homens devemos mudar em alguma coisa. Poxa, não nos conheceram do jeito que somos? Então por que raios devamos mudar em algo? Claro que não podemos tratar uma mulher como tratamos nossos amigos (ainda mais eu, que perco o amigo mas não perco a piada), afinal elas não são eles. Acho que para um relacionamento dar certo só é preciso uma coisa: a mulher entender que o homem NÂO muda e que vocês sim mudam. A mulher é o perfeito significado da música Metamorfose Ambulante, acho que na verdade Raul Seixas queria ser mulher. Mulher é sinônimo de mudança, eu sei disso porque tenho 4 irmãs além da minha mãe e esposa, a minha vida toda aguentei TPM sem ter sequer um dia de folga e isso é uma grande barra, deviam construir uma estátua para mim.


Ao menos pude aprender algo, o significado de TPM: Tendência ou Predisposição para Matar, apesar disso eu sobrevivi por 23 anos até agora e continuo tentando desvendar o enigma de Freud. Algo que muito me intriga é a capacidade dessas deusas de nos fazerem sentirmos culpados, eu sempre fui um cara justo, mas por mais certo que eu esteja, não consigo discutir com uma diva chorosa, é jogo sujo, também vale lembrar que na verdade quem manda são elas, mas parecem não entender, então fica aqui uma dica: Mulheres, quando nos pedirem algo e nós RECLAMARMOS é porque ouvimos e vamos fazê-lo, é questão de honra, a última palavra tem de ser nossa, nem que seja apenas um “tudo bem amor”.


Posso dizer que após anos de buscas, não saí muito do lugar nas pesquisas, cada mulher é um universo totalmente diferente e maravilhoso e que não importa o quanto tentemos, nunca às entenderemos, apesar disso eu não gostaria de ser mulher, homens são muito chatos, por isso que algumas delas preferem elas mesmas, digo isso sabendo o quanto homens são enfadonhos, eu sou um, tenho muitos amigos que são, outros que são quase e alguns que definitivamente não os são, mas isso é outra história. Afinal se vocês nos escolhem sabendo que, sábado tem o futebol com os amigos e domingo tem o Corinthians na TV, pra que nós deveríamos parar de jogar bola? Se ficamos gordos também reclamam, e a academia tem sempre uma sem vergonha. E o Corinthians? “Eu nunca vou te abandonar”, não o abandonamos até hoje, não é nenhum rabo de saia que me tira dele, poxa, são apenas 90 minutos, não proibimos as novelas, proibimos? Proibimos o chá ou tricô com as amigas? Também não. Até a cerveja não ligamos. Só pedimos uma coisa, sejam sempre a maravilha que Deus as fez.






PS: Traga a cerveja e venha pelada. (brincadeirinha)

domingo, 22 de agosto de 2010

Shopping

Quem aqui gosta de shopping? Gostaria de dizer que eu particularmente não sou muito chegado a isso, mas uma mulher pode ser muito perigosa dentro dele. Alguém sabe qual é exatamente o público freqüentador dos grandes antros de consumismo? É difícil dizer, andando por um você vê muitas pessoas diferentes não dá nem para tentar adivinhar quais são suas histórias ou seus desejos e temores, a única coisa que sabemos é: ela está ali para comprar!


Isso engana muito, os shoppings não são apenas antros de consumismo como citei acima, para nós paulistanos é algo como um passeio, tem diversas coisas para se fazer num shopping e algumas que, definitivamente, não é melhor lugar para praticá-las, é a nossa praia, apesar de eu preferir outro tipo de passeio, muitas vezes só temos isso como entretenimento. O que me leva ao fatídico dia de hoje.

Era um sábado e estava muito frio aqui em São Paulo, o que reduz a possibilidade de passeios significativamente, como comentei numa outra ocasião, é difícil morar em apartamento quando se tem vizinhos tão educados e gentis como os meus, tendo isso em mente o nosso roteiro é muito prático: acordar, tomar café, arrumar a casa e sair. Quando conseguimos sair, já eram quase 12h00min.

Pegamos o carro, algo que me incomoda muito é a quantidade de motoristas sem noção dirigindo aos finais de semana, e logo de cara tomei uma fechada de um microônibus, parece que sábado e domingo não existem leis de trânsito, então vamos todos nos matar com nossos carros. Com alguma dificuldade e depois de muitos palavrões, chegamos à casa de minha sogra, e agora quero a opinião de todos, o que se faz com um garoto quando ele tem uma nota vermelha no boletim? Bom eu aprendi que se deve colocar o cidadão de castigo, mas o meu cunhado foi agraciado com um passeio.

Boletins à parte, tive de esperar um bom tempo até sairmos, na verdade eu não sabia nem o motivo da espera, só fiquei sabendo quando ele chegou e minha esposa mandou ele se arrumar pra ir conosco, e depois dizem que sou ignorante. Muito antes de conseguir chegar ao tão sonhado destino, já pude perceber que teria um passeio difícil. A criança, como minha esposa o chama, fazia cara feia (será que estava com fome?) e o trânsito na Marginal Tietê estava péssimo, pois é ele não nos dá folga nem no dia de descanso.

Ao chegarmos constatei algo que já temia, um inferno para entrar no estacionamento, achar uma vaga era utopia, pensei que a qualquer momento um tornado poderia destruir tudo e nem assim eu conseguiria estacionar. Pouco antes de o combustível acabar estacionei num lugar que nem era vaga, saímos e tranquei o carro, alguns minutos depois, voltei para pegar o celular e percebi o quanto o local onde estacionara gerava desconforto em quem tentava dirigir por ali e pensei: “Quer saber, dane-se” e voltei às compras.

Minha esposa precisava apenas de um sobretudo, algo que ela até encontrou rápido, o problema foi que precisava de um cinto que combinasse com o sem vergonha, como um bom marido, me propus a acompanhá-la e à criança de cara feia. Descobri pouco depois que eu era a razão da cara feia, ele tira notas baixas que deveriam mantê-lo em casa por alguns dias e ainda faz cara feia, o mundo está perdido mesmo.

Já mencionei que o público freqüentador de shopping é, ao menos, peculiar e nesse anda-anda atrás do nosso amigo cinto pude perceber que a afirmação é muito verdadeira. Onde mais você veria um pastor evangélico e um punk no mesmo ambiente por exemplo. Ou então a garotada fazendo alguma algazarra longe dos pais sem medo de serem descobertos, eu mesmo fazia isso na minha adolescência, a única diferença é que eu sempre acabava sendo expulso do local, determinada ocasião fiquei proibido de entrar no shopping por um mês inteiro.

Pouco tempo havia se passado quando sentimos fome, então fomos procurar algo para forrar nossos estômagos ansiosos. E foi a parte que mais me surpreendeu no passeio, a praça de alimentação (ou zona de comilança) estava quase vazia. Talvez fosse porque o Mc Donald’s fica no primeiro andar e estávamos no segundo, assim, comemos bem e logo voltávamos à Odisséia do Cinto, que acabou até que rápido comparado aos padrões femininos de busca em um shopping.

A volta para casa, entretando, não foi mais fácil do que a ida, e como já estava anoitecendo, a quantidade de Ayrtons Sennas na rua havia multiplicado geometricamente, e precisei tomar ainda mais cuidado. Graças a Deus sobrevivi a este dia e espero ter algo para contar em breve, claro que nada relacionado a shoppings, só de escrever sobre tal coisa já fico de mau humor,

Dia de Cão

Tem dias que realmente não sei por que me levanto da cama. Pra começar, vocês devem se perguntar o que eu faço da vida, na verdade neste momento estou disponível para o mercado de trabalho. E, como todo desempregado, estou à procura de um novo emprego, mas eu devia ter desconfiado que algo daria errado hoje.


Vejam, era uma sexta-feira e recebi um convite para um processo seletivo marcado para quarta-feira, como é dia do meu rodízio (não aquele gostoso, que se pode comer à vontade pagando pouco, mas sim aquele dia infernal da semana que você NÂO PODE SAIR COM SEU CARRO), combinei de ir de carona até o centro e de lá pegaria o metrô. Como na vida toda tudo que pode dar errado, acaba dando mesmo, na segunda-feira recebi outro convite para processo seletivo, graças a Deus, quero voltar a trabalhar logo, também na quarta-feira, sorte que os dois eram próximos um ao outro, mas não tão próximos, e a condução é algo que não existe em São Paulo, ainda mais se tratando de locomoção dentro de um mesmo bairro, então resolvi ir com meu carro e tentar de alguma forma burlar o bendito rodízio.

Saí de casa por volta das 08:30, o primeiro processo era apenas às 10:30, o que me dava uma margem de duas horas. Só que o Rô, como eu chamo carinhosamente, só acaba às 10h00min então na verdade minha margem de segurança não existia, eu tinha que pegar o Rodoanel e dar toda a volta em São Paulo para chegar lá, uma vez que a entrevista era no extremo sul e eu moro no extremo norte de São Paulo. Engraçado, o rodízio de São Paulo parece até político, sempre que tem uma oportunidade ferra você, mas enfim acabei chegando mais cedo do que imaginava, e daí começou o stress verdadeiro. A pessoa que me chamou para o processo me fez acordar cedo, dirigir quase a distancia entre São Paulo e Santos num dia mega frio, só para perguntar se eu tinha interesse na porcaria da vaga (a palavra não era bem porcaria, mas pode ter crianças lendo né). Juro que quase respondi “Não sua vaca, eu vim até aqui só pra ter o prazer de acordar cedo e pegar transito a toa”.

Segurei-me com a dignidade de um lorde e me contentei apenas com um “Sim”. Saí de lá por volta das 11h35min a próxima entrevista era às 13h00min e eu ainda tinha que encher o tanque, o meu não o do carro, correndo entrei no carro e saí em disparada. Destino: a primeira padaria, lanchonete, quitanda, ou carrinho de hot dog que aparecesse. Pensei, chego ao local da próxima entrevista e aí sim procuro um lugar para comer.

Nisso eu acertei, talvez estivesse muito faminto, pois achei aquela feijoada, a melhor que já pude degustar, o problema é que ela me sujou a gravata. Na hora de pagar outro calvário, como sou uma pessoa moderna, são raras as vezes que tenho dinheiro vivo no bolso e o restaurante estava “sem sistema” para pagamento em cartão. Pensei que tudo o que podia acontecer de ruim já tinha acontecido. Nunca estive tão errado na minha vida, procurei um banco, que só consegui encontrar depois de uns vinte minutos de caminhada, quando fui sacar, CARTÃO CANCELADO.

Pensei em todos os palavrões que já ouvira e inventei uns cinco, agora sim nada mais podia dar errado. Só que estava errado de novo, embora eu sempre tenha 1 folha de cheque para emergência, tive medo de ir direto ao caixa, após um diálogo comigo mesmo de aproximadamente três minutos consegui sacar o dinheiro usando o cheque. Voltei no restaurante, paguei a conta e resgatei a chave do carro, fui para a entrevista mascando chiclete, não tivera tempo de escovar os dentes.

Agora vem a pior, ou melhor, parte do dia. Lembram que quarta-feira é dia do meu rodízio? Pois então, o bendito recomeça às 17h00min e já eram 14h00min quando começou o processo. Teve aqueles clichês de processo seletivo e duas coisas que sempre, eu disse SEMPRE me irritam profundamente.

A primeira, preencher uma ficha cadastral com TODOS os dados que já constam no seu currículo, e a segunda, mas não menos irritante, fazer uma redação e testes de português e matemática. Poxa vida (olha o autocontrole nos palavrões), sou graduado é claro que sei escrever, e fazer contas de soma e subtração, mas o que realmente acaba com o dia é a redação, os temas são cada vez mais idiotas, dessa vez foi “A história da minha vida”, claro que nunca iria colocar as cagadas que já aprontei.

Por fim, depois de toda essa amolação, me vi livre e disposto a ir pra casa, só que já eram 16h45min, ou seja, eu tinha quinze minutos para sair do chamado centro expandido (uma área, muito grande por sinal, delimitada por algumas avenidas) e estava um trânsito danado e pensei, ”Agora Fu... Além da fezes de dia que eu tive, ainda vou tomar uma multa”, por sorte o GPS tem sistema de tráfego que evita as vias mais congestionadas e logo estava de volta no Rodoanel. Graças a Deus cheguei em casa.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sem Assunto

Poxa vida, como é perturbador ficar sem assunto no meio de uma conversa. Quem nunca passou por isso? Você encontra aquele amigo que não vê há anos e logo está numa enrascada, acabou o assunto, eu já cheguei a pensar, que minha vida era uma droga, eu não conseguia manter uma conversa de 10 minutos com um amigo distante há anosm, é degradante. Olhar a situação é divertido, dá para perceber no rosto da pessoa o constrangimento e o assunto muda da água para o vinho num piscar de olhos. E sempre acabam lembrando de histórias de décadas passadas.

Pois é, infelizmente não estou imune à falta de assunto e aconteceu comigo recentemente. Fui numa festa de aniversário de um primo, lugar clássico para esse tipo de incidente, e encontrei com alguns parentes que moram em outras cidades, além de ter trocado os nomes de dois primos (afinal eram dois irmãos e a última vez que os vi juntos eu já nem lembrava quando havia sido) e com todo aquele alvoroço me vi diante de um marido de uma tia que eu nem lembrava que existia, ele por sinal também não fazia ideia de quem era eu, ficou me olhando e olhando e finalmente falou: "Você é filho de quem?", após conter o riso (ação a qual necessitou muito esforço e autocontrole) respondi: "Da Cida.", daí ele abriu um largo sorriso banguelo e me abraçou dizendo: "Caramba, sinto muito pelo seu pai filho" o detalhe é que meu falecera há mais de um ano, e ele estava no velório. E continuou: "Como você cresceu. Porque você sabe que eu te carreguei no colo, você era desde tamanho" e fez um sinal meio vago com a mão.

Achei que morreria tendo de ouvi-lo falar como eu era bonitinho quando menino, mas graças a Deus chegou minha salvadora, a mulher dele, e o levou para longe. Pensei que tinha me livrado desse tipo de situação naquela noite, e só eu sei o quanto odeio estar errado. Meu primo de Campinas chegara atrasado na festa e lá vamos nós, "Oi, como você tá? E o trabalho? E o casamento? E os filhos? - perguntas super clichê, mas ele estava longe e tinha que começar a conversa de algum modo. Questionário respondido, ficou sem assunto e acabamos apenas bebendo e lembrando de décadas atrás.

O pior tipo de situação que falta assunto é quando não pode faltar assunto, por exemplo. Você pega o elevador com aquele mulherão do 11º andar do seu prédio que tem 15 andares, para ter um tempo extra você, que mora no 2º, aperta o 12 e tenta puxar conversa, falha amargamente e o máximo que consegue é "Calor né?", ou então quando pega o bendito elevador com o chefe. Essa é uma situação delicada, onde eu me limito a falar estritamente o necessário, "Bom dia", e fingir que estou lendo alguma coisa, porém, se não tiver nada em mãos, é bom ter alguma boa explicação para o projeto estar atrasado.

Pior que ficar sem assunto é ficar ouvindo alguem falar de algo que simplesmente não lhe interessa. Realizem, chego em casa, estou na garagem do prédio, moro no 12º andar e o síndico vem me dizer que o cano da descarga dele arrebentou, eu gostaria de responder "Azar o seu, quem vai nadar nas fezes é você, e o cheiro não chega do 1º ao 12º andar, passar bem", mas a regra da boa educação nos pede para dizer pelo menos um "Puxa, que chato. Já tem um encanador?" Se ele disser quer sim, ótimo me livro numa boa, caso contrário terei que achar um assim que entrar no apartamento, isso se não der a falta de sorte de ele querer subir comigo para pegar o número.

Uma solução para isso são os MP3, os jornais e os celulares também, é só fingir que está ocupado e tenho certeza que se livrará de boas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Preconceito

Preconceito é diferente de pré-conceito. Eu por exemplo tenho muitos pré-conceitos, todavia poucos preconceitos. Não sou presunçoso a ponto de afirmar que não tenho nenhum preconceito, mesmo porque ambos conceitos são separados por uma linha muito tênue, qual um fio de fumaça num dia de leve brisa, e não tenho certeza de qual lado da linha estou. Afinal o qual a diferença entre eles? Bom ao meu ver pré-conceito é uma idéia previamente estabelecida a respeito de algo, no que preconceito é algo que beira mais a intolerância ou ignorância do cidadão.

Claro que existem muitos tipos de preconceito, não posso sequer me arriscar a enumerar, porém fico pensando se, ter a pele clara me faz um homem melhor, se gostar de heavy metal me faz um cara mais decente, se ser casado com uma mulher me faz mais homem, e a única resposta que encontro para essas perguntas é muito simples, curta e grossa: NÃO! Absolutamente, falando de homossexualismo, quem é MACHO o suficiente para assumir para o próprio pai a homossexualidade? Ou então para dizer à mãe que na verdade gosta de meninas. É ridículo pensar que existem pessoas que marginalizam homossexuais, as travestis tem que vender o próprio corpo porque não lhes dão emprego, no mundo de hoje não pode acontecer isso.

Não posso me ater só a discriminação contra homossexuais, e os negros? "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, sempre haverá guerra". Acho que Bob Marley já falou tudo sobre o tema, mas me impressiona isso existir no Brasil, um país onde tudo se misturou e continua misturando e apesar de alguma parcela da população ainda ter este tipo chucro de sentimento, o governo endossa tal prática, criando, por exemplo, cotas de negros em universidades. A minha vaga da USP foi para cotas de negros, mas o que me deixou enfurecido, não foi perder a vaga, foi o critério utilizado. Fui melhor no exame, merecia a vaga, dei um duro danado para conseguir e fiquei sem porque dei o azar de nascer branco, apesar de ter negros na família. Negros são tão inteligentes quanto brancos, alguns mais outros menos, mas isso nada tem a ver com a cor da pele.

É engraçado o preconceito de negros contra negros, tenho um cunhado que fala para minha irmã quando ela faz trancinhas nos cabelos, "Não vou sair com você parecendo neguinha." Me enoja tanto, mas tanto, que não falo com ele há tempos. Quer reconhecer um cara racista? Pergunte se ele é racista, o racista responde: "Claro que não, meu melhor amigo é negro", enquanto uma pessoa inteligente responde apenas "Não". Escrevi tudo isso porque não aguento mais ouvir coisas do tipo "Tinha que ser preto" ou "Volta pra floresta macaco" é algo que não dá nem para descrever com palavras, mas algo que chega perto é REPUGNANTE.

Acho que tenho um preconceito sim, odeio gente preconceituosa, além de fabricantes de cigarro, mas isso é assunto para uma outra hora não é?!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Estado Laico

Afinal de contas, o que é Estado Laico? Ao contrário do que muitos pensam não é nenhum estado do interior de Israel, e sim uma maneira de dizer que determinado país não mistura política com religião. Está no Wikipédia, e pelo amor de Deus (literalmente), não confundam com ateísmo. Deve ser muita presunção minha escrever sobre dois assuntos tão polêmicos no mesmo texto afinal, futebol, religião e política não se discutem certo? Errado. Não quero entrar no mérito religioso da questão, mas a pedido de uma amiga resolvi escrever.

Teoricamente o Brasil é um Estado Laico, os Três Poderes são independentes (até demais) para tomar suas decisões, enquanto o quarto poder (poder paralelo, conhecido também como crime organizado) parece ser quem realmente manda. O que me revolta, para não dizer que me deixa puto, é a cara de pau de alguns políticos de colocarem a igreja na frente de decisões erradas tomadas por ELES e mais ninguém.
Não preciso nem voltar muito no tempo, há poucos anos, houve discussão sobre célular tronco embrionárias, a decisão, primeiramente foi adiada por causa da Igreja.  Como pode a igreja condenar algo que salvaria a vida de milhares, se não de milhões de pessoas no mundo? Deus nos fez à sua semelhança porque afinal? Porque nos ama acima de tudo, como muitos de nós a Ele.

Essas pesquisas poderiam ter salvo meu próprio pai e sinto muito a falta dele, claro que tem pessoas mais públicas que ele, Pedro Moreira Salles, portador de distrofia muscular, isso sem falar nos anônimos do Brasil e do Mundo. Até onde vai esse Estado Laico? Para mim é apenas algo que utilizam para mascarar as verdadeiras intenções deles próprios e, estrategicamente, colocar a culpa em alguém (já dizia o velho ditado, errar é humano, colocar a culpa em outro é estratégico). Sinceramente, esse tipo de atitude não entra na minha cabeça.

Há também a situação inversa, quanto pessoas ligadas à Igreja querem entrar para a política e foi por isso que minha amiga pediu para eu escrever, vejam, ela segue o protestantismo (evangélica) e a igreja que frequenta já escolheu o canditado por ela. Eu não acho errado querer fazer campanha para um membro da comunidade, longe disso, mas tudo tem limites, funciona assim, você vem à nossa igreja/salão/paróquia/qualquer nome que deem então votará no NOSSO canditado, pô, tem algo errado nisso tudo, na verdade deve ser alguém ligado à família dos donos da igreja visando lucro próprio, seja financeiro ou de qualquer outra natureza, infelizmente acontece em quase TODAS as igrejas hoje em dia. O que é lamentável, pessoas deixam suas vidas para a igreja porque são forçadas a isso. Entregam casa, carro e todo o seu dinheiro.

Eu conheci uma senhora, Dona Iraci, que vivia de uma pensão ou aposentadoria de menos de 1 salário mínimo e desse dinheiro pelo menos a metade, isso mesmo a METADE, e não os 10% ia para a igreja, essa que por sua vez, já tinha tido todos os nomes e formas geométricas possíveis e imagináveis. Eu não sou contra essa ou aquela igreja, sou contra TODAS as igrejas que usam o nome de Deus para tirar dinheiro da fé das pessoas, Dona Iraci, muitas vezes não tinha o que comer, ela pedia nas casas da rua mas o dinheiro da igreja não faltava.

Eu dedico o que posso à instituições sérias, renomadas e ajudo com o que posso, nem sempre atinge os 10% que Deus estipulou, mas sei que faço o que posso, e sei que Ele vai me aceitar em Sua casa quando chegar minha hora, gostaria de saber o destino de pessoas que usam o Seu nome para causar tanto mal aos que Lhe são fiéis. Que Deus os tenha.

domingo, 8 de agosto de 2010

Insônia

Quem nunca sofreu de insônia? Pois é, eu até a última noite nunca havia sofrido. É difícil ficar sem dormir quando o mundo está praticamente morto, você vira de um lado a outro da cama, levanta, bebe água, vai ao banheiro, deita-se novamente e simplesmente não consegue pregar os olhos.


O problema não é nem a falta de sono, você está exausto, teve um dia ruim e, ao que tudo indica, a noite não será diferente. A noite tem uma pitada de mistérios, e algo de sombrio também, barulhos comuns soam como ameaça, sombras transformam-se em verdadeiros objetos de pavor, ou será que tudo isso é fruto do cansaço descomunal que o dia lhe proporcionou? Estou na dúvida, essa noite foi complicada e estou escrevendo sem ao menos ter tido uma hora de sono, é algo que realmente implica num esforço mental muito grande, e pra ser sincero, são 22:00 e não me sinto propenso a dormir, talvez venha outra noite em claro.

A pessoa que poderia ajudar já dorme tranqüila num sono de exaustão, afinal, ela trabalhou o dia todo também, fez por merecer uma noite de esquecimento, temos passado tantos problemas (graças a Deus o casamento vai bem, eu a amo muito sabe). A pior parte de ser abençoado com tal graça Divina, é prestar atenção a todos os sons e movimentos dos apartamentos vizinhos (acho até que escutei um pum do apartamento de cima), os ruídos noturnos, são peculiares e prendem muito a atenção, o que dificulta na hora de desligar o computador central e colocar a “máquina” em stand by.

Minha esposa costumeiramente fala dormindo, ainda bem que eu também durmo (com exceção desta fatídica noite), pois do contrário acho que discutiríamos. Por volta das 03:00 da manhã, ela começou a reclamar do puff, que o coelho roeu (sim, eu tenho um coelho), e agora soltava bolinhas de isopor pela casa. Eu, como um bom marido, prontamente comecei a rir descontroladamente, e ela acordou reclamando (o que deve ser uma constante na vida das mulheres não é verdade), afinal por quê diabos estaria eu, gargalhando às 03:00 da manhã? Para minha sorte ela adormeceu antes de ouvir a resposta e hoje quando contei o ocorrido, apenas rimos da situação. O desenrolar da noite foi assim, até que liguei a TV na Globo, estava passando um filme chamado Jhonny Guittar no Corujão, tem um enredo legal, mas o final deixa a desejar.

Por volta das 05:30, quando acabou o filme o celular despertou (essa coisa de despertador já era), era mais um dia começando, ainda bem que esse dia era o sábado, e, se os vizinhos tivessem permitido, teria colocado o sono em dia.

No exato momento que escrevo, ela está aqui, me chamando pra dormir, acho que escrevo mais uma outra hora, não é...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Adoniran Barbosa

Sábado, 06 de agosto de 1910, na cidade de Valinhos, nascia João Rubinato. Mas quem diabos era esse homem? João Rubinato era apenas mais um no mundo, e durante algum tempo continuou assim, eu não era nascido e na verdade nunca soube de fato quem fora esse tal João Rubinato. Eu aprendi a conhecê-lo como Adoniran Barbosa.
Filho de imigrantes italianos, alterou seu ano de nascimento para poder trabalhar. O engraçado da história, é que, João Rubinato, não gostava de estudar, e muito cedo abandonou a escola. Não estou aqui para discorrer sobre a biografia dele, uma vez que o Wikipedia chegou na minha frente, mas para falar das grandes obras que João Rubinato nos deixou e de seu exemplo de perseverança e bondade. Tal como eu, começou a trabalhar muito cedo (10 anos, o que era proibido e por isso alterou sua certidão), como vivia mudando de residência, não criava raízes, até conhecer a bela São Paulo (gente, bela há uns 80 anos atrás tá), mas antes disso fez muitas coisas, trabalhou até como marmiteiro, mas seu destino era maior, e até como ator tentou ganhar a vida.
Mas quis o destino (que muitas vezes é sacana) que ele tentasse a música e foi aí que todos nós conhecemos Adoniran Barbosa (nome que tomou emprestado de um conhecido), mas tal como eu, só que infinitas vezes melhor, a sua inspiração vinha das ruas, do cotidiano nosso, das pequenas coisas que nos fazem humanos, que nos fazem paulistanos. Como grande crônista que foi, destacou os bairros de São Paulo como apenas um morador o faria, Casa Verde, Mooca, Jaçana e muitos outros.
Adoniran Barbosa nos deixou em 23 de novembro de 1982, eu ainda não era nascido, já estava nos planos dos meus pais, mas ainda não tinha dado o ar da minha graça. mas as palavras cantadas desse grande mestre da arte, ficarão para sempre nos pergaminhos da história.

João Rubinato, esteja com Deus e alegre a eternidade dos anjos do céu.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Curiosidade

A curiosidade é algo realmente curioso não é mesmo? E engraçado também. Quem nunca deu uma espiada no jornal, livro, revista, mini-game, SMS, etc alheio?
O que me chama atenção, é que, a curiosidade não é artigo de luxo, todos são curiosos, vejamos. Era uma sexta-feira, estava eu sentado no ônibus, tocou meu celular, acho péssimo atender celular no ônibus, mas como trabalhava externo com vendas, não tive alternativa e atendi o bendito. De pronto pude notar umas 4 ou 5 pessoas me olhando, provavelmente algumas delas queriam apenas que eu desligasse o celular e quando perceberam que eu não ligava para suas caras feias me esqueceram, umas 2 se me recordo bem, pareciam estar ouvindo tudo o que eu dizia. Acabei a conversa e pararam de olhar, mas a expressão de seus rostos era como se tivessem agora um novo objetivo na vida, (o que acho pouco provavél, uma vez que só conversei baboseiras com um amigo). Abri um livro do Bukowski (eu adoro e recomendo) e percebi o olhar da moça ao lado esticar até o mesmo, é um livro com uma quantidade razoável de palavrões e pensei que logo ela perderia o interesse, leve engano, de repente ela soltou um risinho (eu, a essa altura, já quase chorava de rir).
A moça desceu do ônibus, e eu, que só desceria no ponto final, continuei minha saga ao riso extremo, sentou um rapaz do meu lado, aparentava a mesma idade que eu, pouco mais ou pouco menos, e carregava uma Bíblia nas mãos. Não demorou muitas risadas para ele se interessar também e (claro) dar uma esticadinha de olhos no meu livro. Acho que não gostou muito, por que logo levantou e sentou do outro lado do bumba. Continuando minha viagem, que a essa altura parecia não ter fim, resolvi fechar o livro e cochilar um pouco. Quando acordei, percebi que o ônibus estava bem mais vazio, mas ainda havia apenas passado um pouco da metade do caminho (eu morava longe do trabalho e o trânsito em São Paulo na sexta feira é inacreditável),  pensei em voltar a ler, mas pensei de novo e resolvi ouvir o Papo de Craque (programa de esportes da rádio Transmérica), só que eu sou meio surdo, então aumentei bem o volume do fone, e quando eu percebi, o rapaz do lado estava até tapando o ouvido oposto pra tentar ouvir o programa (tudo bem que o programa é ótimo pra quem gosta de futebol), e quando mudei de rádio deu pra ouvi-lo estalar os dentes, como se fosse errado eu mudar a estação do MEU rádio. Passado o incidente do rádio voltei à leitura e o rapaz do lado também, li por volta de 4 páginas (a essa altura o ônibus já estava chegando próximo à minha casa e o terreno é um pouco acidentado), como o transporte coletivo de São Paulo é muito bom não consegui mais ler por causa do balanço e agora tinha que me concentrar em permanecer em cima do banco, será que ele ficou bravo porque fechei o livro? Fico imaginando, qualquer dia vou estar lendo um livro e quando virar a página a pessoa do meu lado vai pedir para eu voltar e esperar um pouco. Agora falando a verdade, quem nunca deu uma esticada de olho não é mesmo? Eu confesso, sou curioso e continuarei esticando o olho.
Só peço uma coisa, não me olhem com cara feia por que dou gargalhadas sozinho! Eu não sou louco.

domingo, 1 de agosto de 2010

Tudo é Retórica

Curioso é um ano de eleição, ainda mais quando temos de eleger o novo presidente da república. Ás vezes me pergunto qual a real diferença entre os políticos, não que eu seja um radicalista ou qualquer coisa do gênero, mas não consigo enxergar muitas diferenças mesmo.
Mais curioso que um ano eleitoral no Brasil, é o reflexo que tal acontecimento causa na sociedade de uma maneira geral, é algo que me irrita e me fascina ao mesmo tempo. Todos os jornais publicam pesquisas, enquetes, etc, etc, etc, mas para que? Não acredito que as campanhas (debates, propaganda, etc), por exemplo, mudem muito a idéia do brasileiro de quem escolher. Um exemplo muito claro disso é o nosso querido (ou nem tanto assim) Paulo Maluf, quando surgiram todas as acusações contra ele muitos continuram votando nele, afinal "Ele rouba, mas faz!" O que consigo entender disso é, "Não ligo se ele roubar, contanto que minha vida melhore."
Na verdade, quero expor aqui algo que muito me incomoda. Em todo lugar vejo comentário de alguns candidatos à presidência este ano, sempre contando histórias de uns 50 anos atrás, por que um foi guerrilheiro, o outro fugiu do Brasil e o terceiro é evangélico e pára durante o expediente para realizar cultos religiosos.
Amigos leitores, só tenho uma coisa para dizer sobre isso. QUERO QUE O PASSADO DELES EXPLODA. O que importa para mim  é, QUAL DELES REALMENTE ESTÁ QUALIFICADO PARA CONDUZIR O NOSSO PAÍS DE AGORA EM DIANTE? E continuar o bom trabalho que seus antecessores FHC e Lula, que embora sendo de partidos diferentes, fizeram muito por nós.
O importante é saber que nas campanhas tudo é retórica, e que na verdade o passado deles não diz muito sobre as pessoas que eles são agora.
Pessoal, pensem nisso e votem conscientes.