terça-feira, 31 de agosto de 2010

Injustiça

Quem nunca foi injustiçado? Pois é, o curioso é que sempre que somos injustiçados ninguém nos defende. Quando fizemos algo digno de nos ferrar, sempre tem algum santo para nos proteger. Não vou falar sobre todas as inustiças da vida, só aquelas mais sacanas, como quando você é criança e seu irmão mais velho quebra um quadro e coloca a culpa em você, e sua mãe ou pai lhe tira os desenhos por alguns dias. Na verdade quero discorrer sobre algo que me aconteceu muitos anos atrás.
Passava por aqueles anos irresponsáveis entre a infância e a idade adulta, também conhecido como adolescência, e como todo bom aborecente tinha meus amigos, que confesso não eram as melhores influências possíveis, como sempre fui muito centrado não ligava. Certo dia aconteceu algo intrigante, estávamos todos jogando futebol na rua, um calor de fazer o Sahara parecer o Pólo Norte e depois que paramos, minha mãe me pediu que fosse até a sorveteria buscar um pote na tentativa de tornar o dia mais suportável, peguei minha bike e fui.
Chegando lá, como era de se esperar a sorveteria estava lotada, esperei pacientemente e aproveitei para chupar um picolé, peguei o pote de 2 litros e tomei o caminho de casa. Acontece que durante o percurso, encontrei com meus amigos correndo na avenida em direção à nossa rua e fui junto com eles. Foi a pior escolha da minha vida, e se existe algo para me arrpender, com certeza é isso. Chegando na rua de casa tinha um jovem, cujo apelido era Dunguinha, havia pego um atalho por umas vielas e chego primeiro ao refúgio e espera os meninos (e eu que idiotamente estava junto) para comunicar que o pássaro que eles haviam roubado, era de um senhor doente. Eu sabia que eles eram um pouco desorientados, mas não sabia que eles roubavam, desse momento em diante deixei de falar com eles.
O problema é que eles moravam na rua há pouco tempo e seu sempre morara lá, então TODOS me conheciam e ao anoitecer vieram umas mulheres que eu nunca havia visto mais gordas e armaram o maior barraco no portão da minha casa, e tudo isso porque EU tinha roubado o pássaro. Quando eu tentei me defender falando que eu não estava junto, elas retorquiram: "Mas o Dunguinha falou que te viu com eles." O que eu podia esperar de um cidadão com tal apelido? Nada mais que isso mesmo. Indiquei a casa dos verdadeiros meliantes e voltei para minha cama, tinha aula no dia seguinte e era dia de prova. Já citei em outros textos que odeio estar errado, e mais uma vez o estava quando pensei ter me livrado dessa.
Estava eu, já deitado em minha cama, estrategicamente colocada na parte de cima do beliche, quando minha mãe entrou batendo em tudo o que via pela frente. Eu disse que a minha cama era estrategicamente a de cima pois, minha mãe é baixinha então consegui me livrar de a maioria dos golpes.
Pude tirar uma lição de tudo isso: Se seus amigos estão correndo, não junte-se a eles. Minha mãe hoje em dia diz, que embora ela não soubesse o porque de me bater, eu sabia porque estava apanhando. Tudo bem, eu já me safara ileso de várias.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkk
    Galinha que acompanha pato... acaba morrendo afogada!

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