domingo, 22 de agosto de 2010

Shopping

Quem aqui gosta de shopping? Gostaria de dizer que eu particularmente não sou muito chegado a isso, mas uma mulher pode ser muito perigosa dentro dele. Alguém sabe qual é exatamente o público freqüentador dos grandes antros de consumismo? É difícil dizer, andando por um você vê muitas pessoas diferentes não dá nem para tentar adivinhar quais são suas histórias ou seus desejos e temores, a única coisa que sabemos é: ela está ali para comprar!


Isso engana muito, os shoppings não são apenas antros de consumismo como citei acima, para nós paulistanos é algo como um passeio, tem diversas coisas para se fazer num shopping e algumas que, definitivamente, não é melhor lugar para praticá-las, é a nossa praia, apesar de eu preferir outro tipo de passeio, muitas vezes só temos isso como entretenimento. O que me leva ao fatídico dia de hoje.

Era um sábado e estava muito frio aqui em São Paulo, o que reduz a possibilidade de passeios significativamente, como comentei numa outra ocasião, é difícil morar em apartamento quando se tem vizinhos tão educados e gentis como os meus, tendo isso em mente o nosso roteiro é muito prático: acordar, tomar café, arrumar a casa e sair. Quando conseguimos sair, já eram quase 12h00min.

Pegamos o carro, algo que me incomoda muito é a quantidade de motoristas sem noção dirigindo aos finais de semana, e logo de cara tomei uma fechada de um microônibus, parece que sábado e domingo não existem leis de trânsito, então vamos todos nos matar com nossos carros. Com alguma dificuldade e depois de muitos palavrões, chegamos à casa de minha sogra, e agora quero a opinião de todos, o que se faz com um garoto quando ele tem uma nota vermelha no boletim? Bom eu aprendi que se deve colocar o cidadão de castigo, mas o meu cunhado foi agraciado com um passeio.

Boletins à parte, tive de esperar um bom tempo até sairmos, na verdade eu não sabia nem o motivo da espera, só fiquei sabendo quando ele chegou e minha esposa mandou ele se arrumar pra ir conosco, e depois dizem que sou ignorante. Muito antes de conseguir chegar ao tão sonhado destino, já pude perceber que teria um passeio difícil. A criança, como minha esposa o chama, fazia cara feia (será que estava com fome?) e o trânsito na Marginal Tietê estava péssimo, pois é ele não nos dá folga nem no dia de descanso.

Ao chegarmos constatei algo que já temia, um inferno para entrar no estacionamento, achar uma vaga era utopia, pensei que a qualquer momento um tornado poderia destruir tudo e nem assim eu conseguiria estacionar. Pouco antes de o combustível acabar estacionei num lugar que nem era vaga, saímos e tranquei o carro, alguns minutos depois, voltei para pegar o celular e percebi o quanto o local onde estacionara gerava desconforto em quem tentava dirigir por ali e pensei: “Quer saber, dane-se” e voltei às compras.

Minha esposa precisava apenas de um sobretudo, algo que ela até encontrou rápido, o problema foi que precisava de um cinto que combinasse com o sem vergonha, como um bom marido, me propus a acompanhá-la e à criança de cara feia. Descobri pouco depois que eu era a razão da cara feia, ele tira notas baixas que deveriam mantê-lo em casa por alguns dias e ainda faz cara feia, o mundo está perdido mesmo.

Já mencionei que o público freqüentador de shopping é, ao menos, peculiar e nesse anda-anda atrás do nosso amigo cinto pude perceber que a afirmação é muito verdadeira. Onde mais você veria um pastor evangélico e um punk no mesmo ambiente por exemplo. Ou então a garotada fazendo alguma algazarra longe dos pais sem medo de serem descobertos, eu mesmo fazia isso na minha adolescência, a única diferença é que eu sempre acabava sendo expulso do local, determinada ocasião fiquei proibido de entrar no shopping por um mês inteiro.

Pouco tempo havia se passado quando sentimos fome, então fomos procurar algo para forrar nossos estômagos ansiosos. E foi a parte que mais me surpreendeu no passeio, a praça de alimentação (ou zona de comilança) estava quase vazia. Talvez fosse porque o Mc Donald’s fica no primeiro andar e estávamos no segundo, assim, comemos bem e logo voltávamos à Odisséia do Cinto, que acabou até que rápido comparado aos padrões femininos de busca em um shopping.

A volta para casa, entretando, não foi mais fácil do que a ida, e como já estava anoitecendo, a quantidade de Ayrtons Sennas na rua havia multiplicado geometricamente, e precisei tomar ainda mais cuidado. Graças a Deus sobrevivi a este dia e espero ter algo para contar em breve, claro que nada relacionado a shoppings, só de escrever sobre tal coisa já fico de mau humor,

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